09/08/2016    10:07hs

Voto de confiança

Após polêmica sobre a compra da sede campestre, associados decidem em assembleia pelo apoio à diretoria do Safergs

 

Reunidos no ultimo sábado (6) na sede do sindicato dos árbitros em Porto Alegre, quarenta e seis associados, mais dez representados por procurações, debateram o polêmico assunto sobre a compra do terreno campestre por parte do Safergs (Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado do Rio Grande do Sul).

 
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Segundo pelo menos duas fontes que estavam na assembleia que foi presidida pelo ex-presidente Ciro Camargo, muitos dos associados presente não entenderam e nem avalizaram corretamente o projeto, pois em nenhum momento foi apresentado qualquer documento informando a fonte do dinheiro para a compra da sede. Ou seja, segundo essas fontes, o Safergs vai comprar um imóvel de mais de um milhão de reais e os associados não sabe sequer de onde vem o dinheiro. Essas mesmas fontes disseram ainda que foi informado informalmente durante a assembleia que a verba viria do Deputado A, ou do Deputado B, ou do C através de um projeto da União, mas que em nenhum momento foi mostrado qualquer documento provando oficialmente a existência do projeto informado. O que eles estranharam foi o fato do alegado projeto não ser mostrado aos associados durante a assembleia onde o documento provavelmente mostre a solicitação da verba no orçamento do Governo Federal.

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Em um determinado momento, apos intervenção de um associado de Pelotas, Ciro Camargo, presidente da mesa, perguntou aos associados se eles sabiam o que seria discutido e votado na assembleia. Como ninguém se manifestou, Ciro disse que nem ele sabia de nada, que então deveria votar um voto de confiança para o negocio que estava sendo feito esperando se os prazos ou votava pela reprovação do negocio encerrando qualquer discussão sobre o assunto.

 
Ciro Camargo ao lado de Carlos Castro: "Nem eu sabia o que ia ser votado"!

Duas propostas foram apresentadas. A primeira da diretoria que era para continuar o projeto e se até o final deste ano não for concretizado, o presidente Carlos Castro terá que devolver os valores (100 mil reais) aos caixas do sindicato. A segunda proposta foi apresentada pela oposição liderada por Márcio Coruja no sentido que fosse paralisado todo o processo e que alguém apresentasse o projeto dizendo de onde vem e como vem o dinheiro para a compra da sede campestre.

Vinte e cinco dos quarenta e seis associados presentes votaram na primeira proposta. Outras dez procurações em posse da diretoria representando associados ausentes também apoiavam a proposta apresentada pela diretoria.

Segundo Márcio Coruja, o estatuto mais uma vez não foi cumprido.

“Novamente em nossa opinião não foi cumprido o estatuto que prevê uma prévia em uma situação dessa” - disse ele.

 
Coruja: "Estatuto não foi cumprido novamente. Agora a justiça vai decidir"

Coruja revelou ainda que a discussão agora será na justiça.

“Estamos fazendo um agravo da ação que a gente tem ai junto com o setor jurídico para verificar corretamente isso, porque as procurações em nossa opinião não tinha validade. Na nossa opinião precisariam três quartos dos presentes porque não sabemos nem se temos dinheiro como vamos saber se o imóvel vai participar de financiamento ou não se nos não sabemos nem de onde vem o dinheiro” - informou Marcio Coruja.

 

O associado explicou o porquê do entendimento de ser necessário ¾ de aprovação dos presentes.

“Não precisaria se tivesse dinheiro em caixa para a aquisição do imóvel. Como não temos, se o dinheiro do Governo Federal não vier terá que ser financiado e ai precisará dos ¾ dos associados presentes na assembleia” - frisou Coruja.

E acrescentou: “A assembleia votou o que não deveria ter votado descumprindo o estatuto em mais uma manobra da diretoria que nos vamos combater agora” – encerrou Coruja.

O Apitonacional procurou Carlos Castro para que falasse sobre as alegações da oposição. Segundo Castro as criticas é rixa do seu principal opositor pela derrota na penúltima eleição onde saiu derrotado.

“Claro que o Coruja não iria concordar com a decisão da assembleia. Ele foi derrotado e ninguém aceita ser derrotado, mas está no seu direito de contestar” – disse Carlos Castro.

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