Reunidos no ultimo sábado (6) na sede do sindicato dos árbitros em
Porto Alegre, quarenta e seis associados, mais dez representados por
procurações, debateram o polêmico assunto sobre a compra do terreno
campestre por parte do Safergs (Sindicato dos Árbitros de Futebol do
Estado do Rio Grande do Sul).
Segundo pelo menos duas fontes que estavam na assembleia que foi
presidida pelo ex-presidente Ciro Camargo, muitos dos associados
presente não entenderam e nem avalizaram corretamente o projeto,
pois em nenhum momento foi apresentado qualquer documento informando
a fonte do dinheiro para a compra da sede. Ou seja, segundo essas
fontes, o Safergs vai comprar um imóvel de mais de um milhão de
reais e os associados não sabe sequer de onde vem o dinheiro. Essas
mesmas fontes disseram ainda que foi informado informalmente durante
a assembleia que a verba viria do Deputado A, ou do Deputado B, ou
do C através de um projeto da União, mas que em nenhum momento foi
mostrado qualquer documento provando oficialmente a existência do
projeto informado. O que eles estranharam foi o fato do alegado
projeto não ser mostrado aos associados durante a assembleia onde o
documento provavelmente mostre a solicitação da verba no orçamento
do Governo Federal.
Noticia
relacionada:
Associado denuncia
compra de terreno supostamente irregular pelo Sindicato do Rio Grande do
Sul
Em um
determinado momento, apos intervenção de um associado de Pelotas,
Ciro Camargo, presidente da mesa, perguntou aos associados se eles
sabiam o que seria discutido e votado na assembleia. Como ninguém se
manifestou, Ciro disse que nem ele sabia de nada, que então deveria
votar um voto de confiança para o negocio que estava sendo feito
esperando se os prazos ou votava pela reprovação do negocio
encerrando qualquer discussão sobre o assunto.
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Ciro Camargo ao lado de
Carlos Castro: "Nem eu sabia o que ia ser votado"! |
Duas
propostas foram apresentadas. A primeira da diretoria que era para
continuar o projeto e se até o final deste ano não for concretizado,
o presidente Carlos Castro terá que devolver os valores (100 mil
reais) aos caixas do sindicato. A segunda proposta foi apresentada
pela oposição liderada por Márcio Coruja no sentido que fosse
paralisado todo o processo e que alguém apresentasse o projeto
dizendo de onde vem e como vem o dinheiro para a compra da sede
campestre.
Vinte e cinco dos quarenta e seis
associados presentes votaram na primeira proposta. Outras dez
procurações em posse da diretoria representando associados ausentes
também apoiavam a proposta apresentada pela diretoria.
Segundo
Márcio Coruja, o estatuto mais uma vez não foi cumprido.
“Novamente em nossa opinião não foi cumprido o estatuto que prevê
uma prévia em uma situação dessa” - disse ele.
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Coruja: "Estatuto
não foi cumprido novamente. Agora a justiça vai decidir" |
Coruja
revelou ainda que a discussão agora será na justiça.
“Estamos fazendo um agravo da ação que a gente tem ai junto com o
setor jurídico para verificar corretamente isso, porque as
procurações em nossa opinião não tinha validade. Na nossa opinião
precisariam três quartos dos presentes porque não sabemos nem se
temos dinheiro como vamos saber se o imóvel vai participar de
financiamento ou não se nos não sabemos nem de onde vem o dinheiro”
- informou Marcio Coruja.
O
associado explicou o porquê do entendimento de ser necessário ¾ de
aprovação dos presentes.
“Não precisaria se
tivesse dinheiro em caixa para a aquisição do imóvel. Como não
temos, se o dinheiro do Governo Federal não vier terá que ser
financiado e ai precisará dos ¾ dos associados presentes na
assembleia” - frisou Coruja.
E
acrescentou: “A assembleia votou o que não deveria ter votado
descumprindo o estatuto em mais uma manobra da diretoria que nos
vamos combater agora” – encerrou Coruja.
O
Apitonacional procurou Carlos
Castro para que falasse sobre as alegações da oposição. Segundo
Castro as criticas é rixa do seu principal opositor pela derrota na
penúltima eleição onde saiu derrotado.
“Claro
que o Coruja não iria concordar com a decisão da assembleia. Ele foi
derrotado e ninguém aceita ser derrotado, mas está no seu direito de
contestar” – disse Carlos Castro.
Apitonacional, compromisso só com a verdade! |